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Investigadora portuguesa contribui para a identificação de “porta de saída” para o ADN
O trabalho ajuda a compreender certas doenças genéticas, cancro e infertilidade
O objetivo do estudo, publicado no jornal EMBO de janeiro, foi identificar os processos que permitem que uma estrutura essencial à divisão celular, chamada complexo coesina, se ligue e se liberte do ADN.
“Os conhecimentos adquiridos poderão servir para perceber melhor quais os mecanismos que levam à perda precoce da coesão entre as duas cópias de ADN idênticas (cromatídeos irmãos), o que pode originar erros graves durante a divisão celular”, explica Raquel Oliveira, uma das investigadoras deste estudo, realizado no âmbito do seu pós-doutoramento no laboratório do Professor Kim Nasmyth, no departamento de Bioquímica da Universidade de Oxford.
As células ao longo da sua vida dividem-se. Quando esta divisão acontece “entram em ação mecanismos que asseguram que a mesma informação genética passe para as duas células-filhas”.
Para que a passagem de informação aconteça no momento e de forma corretas “os dois cromatídeos irmãos mantêm-se unidos por um conjunto de três proteínas que formam uma estrutura em forma de anel, denominada coesina. Um grande número destes anéis envolve as duas moléculas de ADN idênticas mantendo-as assim aprisionadas até que ocorra a divisão celular seguinte”, adianta a investigadora, atualmente investigadora do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC).
Sem a presença destes anéis, uma divisão celular normal fica comprometida. Para além da coesão, estas estruturas estão também envolvidas noutros processos, “como, por exemplo, a reparação do ADN quando ocorrem mutações e a regulação da quantidade de proteínas que é produzida pela célula”, pormenoriza Raquel Oliveira.
Fonte: Ciência Hoje
12-03-2013